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No cenário do comércio moderno, poucos eventos conseguiram capturar a atenção e o entusiasmo dos consumidores como a Black Friday. Marcando o início oficial da temporada de compras festivas, esse fenômeno anual se estabeleceu como um marco cultural e comercial, desencadeando um frenesi de descontos e ofertas que atraem multidões online e off-line.
Esse evento atrai multidões de consumidores ávidos por aproveitar os descontos para antecipar suas compras de Natal ou adquirir produtos desejados por preços mais baixos. Neste artigo, mergulharemos nas origens fascinantes da Black Friday, explorando como ela emergiu como o dia mais aguardado para caçadores de promoções.
Atualmente a Black Friday é um dos eventos mais aguardados do ano, por conta das suas promoções impressionantes que torna produtos que tem valores normalmente mais altos, acessíveis para todas as pessoas. Pesquisas apontaram que durante a Black Friday de 2022 foi registrado um faturamento total de 6,1 bilhões.
Dentre os segmentos que mais faturaram, estão:
●Eletrodomésticos;
●Eletrônicos;
●Telefonia;
●Moda;
●Acessórios.
Quanto às vendas, as categorias de destaque foram:
●Moda e acessórios;
●Beleza e perfumaria;
●Alimentos e bebidas;
●Eletroportáteis;
●Utilidades domésticas.
O processo da Black Friday agora é tanto físico quanto digital. Lojas físicas abrem suas portas mais cedo e os consumidores se alinham em busca das melhores ofertas, muitas vezes levando a cenas de caos e frenesi. Por outro lado, a era digital trouxe uma revolução na forma como a Black Friday é conduzida. As compras online têm ganhado destaque, permitindo que os consumidores explorem promoções sem sair de casa. As lojas virtuais também têm adotado técnicas de contagem regressiva, e-mails de marketing, anúncios segmentados e redes sociais para atrair compradores.
Acredita-se que a expressão "Black Friday" não tinha nenhuma associação com descontos ou compras. Na verdade, seu surgimento remonta ao século XIX, nos Estados Unidos, e estava inicialmente ligado a uma crise financeira. No dia 24 de setembro de 1869, dois investidores financeiros, Jay Gould e Jim Fisk, os dois investidores conseguiram fazer o preço das ações do ouro disparar e enriqueceram. A ação era ilegal e contou até com suborno de um parente do presidente Ulysses S. Grant. No entanto, o plano deles foi descoberto, porem eles nunca foram foram investigados pelo esquema e saíram ilesos de suas ações.
O golpe deles acabou levando a um colapso do mercado e a uma queda abrupta nos preços do ouro. Esse dia ficou conhecido como "Black Friday" devido ao caos financeiro e econômico que se seguiu. A utilização inicial do termo está longe de sua conotação moderna, mas esse foi o primeiro passo para a evolução do Black Friday.
Outra suposição fala de uma revista da década de 1950 que chamou a sexta-feira após o Dia de Ação de Graças de black friday. A explicação para o uso desse termo era que, de acordo com a revista, muitos trabalhadores se comportavam na sexta após o feriado como se fossem vítimas da black death, a peste negra em inglês, fazendo com que o dia fosse uma black friday.
Levou algum tempo para que a expressão "Black Friday" fosse associada ao mundo das compras. A princípio, os varejistas não viam com bons olhos o termo devido à sua conexão com a crise financeira do século XIX. No entanto, a partir das décadas de 1960 e 1970, o uso do termo começou a mudar gradualmente. As lojas da Filadélfia foram as primeiras a usar "Black Friday" para se referirem ao dia após o feriado de Ação de Graças, quando diversas pessoas lotavam as lojas em busca de descontos antes do Natal. A mudança de percepção foi influenciada pelo desejo de transformar uma data associada a eventos negativos em algo positivo para os negócios.
Antes das décadas de 1980 e 1990, a sexta-feira marcada por promoções não era chamada pelo nome de "Black Friday", pois essa linguagem só ficou conhecida a partir dessas duas décadas nos Estados Unidos. Atualmente, a Black Friday é o dia onde os estadunidenses fazem mais compras.
Essa data ficou conhecida pelo Estados Unidos e virou referência de produtos a preços absurdamente acessíveis. O sucesso desse evento para os lojistas chamou a atenção em vários lugares do mundo, e acabou se espalhando para os países vizinhos Canada e México.
Desde sua chegada ao país, a Black Friday tem florescido com sucesso surpreendente. O que começou como um evento isolado rapidamente se transformou em um fenômeno anual, aguardado com expectativa por legiões de consumidores e varejistas por todo o território nacional. Os números falam por si: a cada ano, as vendas durante o período da Black Friday batem recordes anteriores, demonstrando a influência avassaladora que essa tradição exerce.
Aqui no Brasil a primeira Black Friday ocorreu no dia 28 de novembro de 2010 e aconteceu de forma online. A data juntou mais de 50 lojas do varejo nacional, e teve o faturamento de 3 milhões no comércio eletrônico brasileiro. No ano de 2013 a Black Friday bateu o seu recorde aqui no Brasil, faturando mais de 700 milhões no comércio online. Os produtos mais queridos foram os televisores e smartphones. A média de desconto dos celulares foram de 16% e para os televisores chegava a 19%.
Segundo a consultoria E-Bit, em 2014, nessa data somente pela internet foi gerado 1,2 bilhões em vendas, que corresponde a 3,5% do faturamento anual, tornando a Black Friday uma das datas mais importantes para o comércio online. Para prevenir práticas fraudulentas como a maquiagem de preços e falsos descontos, a câmara brasileira de comércio eletrônico (Câmara e-net) criou um código de ética para esse evento e publicou uma lista com as lojas que foram regulamentadas seguindo as normas da cláusula.
(Dezenas de pessoas compram televisores em um supermercado da cidade de São Paulo (Brasil), durante uma campanha de descontos prévia à Black Friday, Foto: EL PAÍS )
Apesar de seu êxito indiscutível, a Black Friday não está imune a desafios. Questões de transparência nas promoções, fraudes e a pressão sobre os varejistas para oferecerem descontos substanciais merecem atenção crítica. Mesmo que as fraudes sejam comuns e cada vez mais frequentes, a Black Friday aqui no Brasil não pode ser manchada apenas por esse desprazer, existem sites de promoções sérios e dispostos a ajudar os consumidores a encontrarem promoções verídicas pela internet.
Assim como nos Estados Unidos, a Black Friday aqui no Brasil acontece anualmente na sexta-feira seguinte à quarta quinta-feira de novembro. Em 25 de novembro de 2011 a segunda edição da Black Friday no Brasil rendeu o faturamento de 100 milhões para o e-commerce brasileiro, representando uma alta de 80% comparado ao ano de estreia que foi em 2010.
No ano de 2017 a Black Friday que ocorreu no dia 24 de novembro, faturou só no Brasil, 2,1bilhões para o e-commerce. Uma alta de 10,3% levando em observação o faturamento do ano anterior.
À medida que cada edição da Black Friday se desenrola, uma coisa é clara: o apetite dos brasileiros por ofertas emocionantes e a chance de fazer compras inteligentes está mais forte do que nunca. Essa tradição importada, que se enraizou profundamente na cultura de consumo do país, continua a moldar a maneira como os brasileiros encaram o ato de comprar, enquanto o comércio local se ajusta para atender a essa demanda insaciável por oportunidades de economia.
Em conclusão, a Black Friday se estabeleceu como um fenômeno comercial e cultural de proporções globais. O crescimento impressionante dessa tradição de compras ao longo dos anos evidencia não apenas a sua capacidade de impulsionar as vendas e estimular a economia, mas também o seu poder de influenciar comportamentos de consumo e moldar a maneira como as pessoas interagem com o comércio moderno.
No entanto, é importante reconhecer que a Black Friday não está isenta de críticas e desafios. A pressão sobre os varejistas para oferecerem descontos cada vez mais profundos pode impactar suas margens de lucro e forçar práticas questionáveis. Além disso, a corrida por ofertas pode levar a comportamentos impulsivos e ao acúmulo excessivo de bens, contribuindo para questões de sustentabilidade.
À medida que olhamos para o futuro da Black Friday, é imperativo encontrar um equilíbrio entre a busca por descontos irresistíveis e a adoção de abordagens mais conscientes e responsáveis. A promoção de ofertas significativas pode continuar a ser uma parte valiosa do cenário comercial, mas considerações éticas, sociais e ambientais devem ser incorporadas à forma como essa tradição é conduzida.
Em última análise, a Black Friday reflete não apenas a evolução do comércio e do consumo, mas também as dinâmicas variáveis da sociedade contemporânea. Como consumidores, varejistas e participantes dessa cultura de compras em constante transformação, cabe a nós moldar a direção que a Black Friday e outras iniciativas similares tomarão, garantindo que essas práticas beneficiem não apenas nossos bolsos, mas também nosso mundo em geral.
Preparado para desvendar os melhores descontos e dominar a arte da economia inteligente? A Black Friday está chegando, então esteja pronto para explorar ofertas incríveis e aproveitar ao máximo essa temporada de compras!
Faça parte da Black Friday e aproveite ofertas que estão a sua espera!
Tags: Black Friday Promoções
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